Laboratórios de aprendizagem: novas estratégias de ensino para oficinas de astronomia e física

DIAS, Ângela Maria Mendes
Laboratórios de aprendizagem: novas estratégias de ensino para oficinas de astronomia e física
Duque de Caxias/RJ, Universidade do Grande Rio “Prof. José de Souza Herdy”, UNIGRANRIO, 2012. 75p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Luiz Eduardo Silva Souza).

Resumo Discutimos o impacto do uso de oficinas ambientadas com música clássica para o ensino de Física. Aferimos a hipótese de que o Laboratório de Aprendizagem, com o uso de música clássica e oficinas nas aulas de Física, é uma estratégia de ensino-aprendizagem interdisciplinar eficiente. Apresentamos o experimento qualitativo realizado no Colégio Militar do Rio de Janeiro, no ano de 2011, com alunos do 9° Ano do Ensino Fundamental II. O experimento aconteceu durante o ensino de Física, em duas salas de aula (Turma A e B). Na turma A, trabalhamos com música e Laboratório de Aprendizagem de Física – LAF. Na turma B seguimos o programa de ensino de Física sem música e sem oficinas. As oficinas (CANALLE, 2011), foram ambientadas com músicas clássicas, especialmente selecionadas, com característica em comum ser do séc. XVIII, que usam o baixo contínuo, o contraponto e a harmonia tonal, favorecedoras do pensamento lógico (LOZANOV, 2012). Nesta turma, além de ter um rendimento médio de 7,5 em Física, intensificou-se o interesse dos alunos, por oficinas da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica – OBA, favorecendo, assim, a formalização de um espaço específico para se trabalhar as oficinas da OBA, que eles denominaram de “Clube de Astronomia”. Este resultou na interação do CMRJ com a sociedade científica via aulas e participação em espaços distintos onde ocorriam eventos científicos. A turma B teve como resultado uma média 4,5. E no decorrer da comunicação entre os alunos das turmas A e B, houve uma migração da turma B para o “Clube”. Além do bom desempenho da aprendizagem, a pesquisa obteve o desdobramento em relação à conscientização por partes dos jovens estudantes quanto aos problemas relacionados ao planeta e sua preservação, sugerindo atitudes sustentáveis que, além de utilizadas em sala de aula, possam ser incorporadas também na rotina diária. Assim, a pesquisa por meio de sua análise comparativa do rendimento dessas duas turmas nos permitiu afirmar que o uso da música clássica no espaço físico de sala de aula corrobora para o desenvolvimento da aprendizagem. No espaço aberto e/ou fechado com experimentos a música não se faz significativa. Daí, pontuarmos que o uso da música em sala de aula favorece a concentração e aprendizado de Física e o uso de oficinas favorece o aprendizado de Física, independente da música.
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