A mais antiga ciência e a mais nova tecnologia: ensino de Astronomia e a internet

HENRIQUEZ, Gastón Alberto Concha
A mais antiga ciência e a mais nova tecnologia: ensino de Astronomia e a internet
São Paulo/SP, Universidade de São Paulo, USP, 1999. 233p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Nélio Marco Vincenzo Bizzo).

Resumo Os fenômenos da natureza têm sido uma preocupação constante da humanidade, sobretudo aqueles fenômenos do cotidiano que, de tão freqüentes, poucas vezes são compreendidos e se incorporam como naturais e óbvios, já que não se os procura observar ou descobrir seu porquê. Nosso trabalho pretendeu de certa forma fazer um chamado de atenção para a observação da realidade, e, através da sistematização de suas regularidades, indicar um caminho de obtenção de respostas. Nesta pesquisa trabalhamos com ensino de Astronomia Elementar para crianças do ensino fundamental. Nosso objetivo foi agregar o que consideramos a mais velha ciência e a mais nova tecnologia, para ajudar nossas crianças a compreender por que se produzem a seqüência dia-noite, as estações do ano e sua relação com dois dos principais movimentos da Terra: rotação e translação. Partimos da produção de um material de apoio, para que os professores e alunos participantes tivessem condições de construir, em seus respectivos centros de estudo, um observatório, uma espécie de relógio de Sol, onde era instalado um gnômon, que permitiria acompanhar o movimento aparente do Sol durante o dia. Este observatório incluía a construção da rosa dos ventos, assim na pesquisa seria medir a sombra do gnômon e sua orientação durante o dia. A construção do observatório teve por objetivo permitir que as escolas acompanhassem, durante toda a primavera ou outono, as variações climáticas, os horários do amanhecer e do pôr do Sol e que, a partir da determinação do meio dia, de medição da temperatura ambiente e do comprimento da sombra do gnômon Durante todo o período. Nesta atividade, as crianças compartilhariam descobertas e inquietações através de uma experiência comum, pois o convite era o mesmo para um grupo de escola aqui no Brasil e outras escolas no exterior. A comunicação e o intercâmbio de dados entre as escolas foram efetuados via Internet, através de uma coordenação elaborada na Escola do Futuro da Universidade de São Paulo.