MARTINS, Cláudio Souza
O Planetário: Espaço Educativo Não Formal Qualificando Professores da Segunda Fase do Ensino Fundamental para o Ensino Formal
Goiânia/GO, Universidade Federal de Goiás, UFG, 2009. 110p. Dissertação de Mestrado. (Orientador: Juan Bernardino Marques Barrio).
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Resumo |
Apesar das mudanças introduzidas no Sistema Educativo Brasileiro a partir da LDB de 1996, e da introdução nos PCN’s de Ciências Naturais do tema transversal Terra e Universo, ainda é praticamente nulo o conhecimento dos professores sobre os conceitos de Astronomia presentes nos currículos escolares, âmbito da educação formal. Neste trabalho se enfatiza a necessidade e a importância do ensino da Astronomia, analisam-se como os Museus e centros de Ciência, particularmente os Planetários, espaços de ensino não formal, podem suprir parcialmente esta carência, tendo em conta que a educação não se restringe às salas de aula, mas acontece em diversos outros espaços em que a vida humana se desenvolve, e propõe-se uma forma de minimizar as deficiências na formação dos professores para tratar este tema. Os Planetários, aparelhos destinados a reproduzir o céu estrelado, com o Sol, a Lua e os planetas, com seus movimentos tais como os vemos da superfície da Terra, existem desde Arquimedes. Sua concepção evoluiu desde pequenos globos celestes e esferas armilares que podem ser postos sobre uma mesa até os grandes Planetários, capazes de abrigar no seu interior centenas de pessoas, podendo simular viagens espaciais através do Sistema Solar ou além dos limites da nossa Galáxia até as fronteiras do Universo conhecido. Atenção especial é dada ao Planetário da UFG, por ser um espaço onde a educação em seus aspectos formal, informal e não formal tem sido desenvolvida há mais de trinta anos pela equipe que compõe o corpo docente deste órgão da UFG. Um breve histórico deste Planetário é apresentado, descrevendo-se o trabalho desenvolvido pela equipe de professores. Uma pesquisa realizada junto a professores do Ensino Fundamental que trouxeram seus alunos ao Planetário no primeiro semestre de 2008 revelou a total aceitação do serviço oferecido pelo Planetário com um número irrisório de críticas, o que parece ser decorrente da imensa carência de informações sobre a Astronomia e da única presença atuante do Planetário da UFG na região Centro Oeste do Brasil. Com a intenção de dar um passo à frente na qualificação em Astronomia, permitindo que os professores possam trabalhar o tema Terra e Universo, é feita uma proposta de um curso para professores da segunda fase do Ensino Fundamental que pode abrir novos horizontes para diversos professores de Ciências na compreensão da abordagem científica dos mistérios do Cosmos.
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